quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Para uma loira com “olhos de ressaca”

É como se eu olhasse o mar
E sentisse uma brisa leve
Saindo da claridade dos olhos seus
É como se o sol que iluminava
Estas águas
Batesse em meu peito
E raiasse os mesmos pontos dourados
Dos seus cabelos
É como se eu quisesse juntar cores e coisas
Para transformar num só presente
Quem sabe em versos
Quiçá aplausos
É como se eu já soubesse escrever pra você

E por aqui ficaria boas horas
Só admirando o mistério dessa luz que me cega...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Hoje eu não prevejo o olhar da noite
Só o que as estrelas me dizem
Já me fazem ter vontade de sorrir
Não, isso não quer dizer que há felicidade
Mas que a noite me deixa contemplativo
Olhando pelos buracos negros dos meus dias

Hoje vejo que a eternidade está aliada ao meu desejo
Que cada verso que escrevo
É como se fosse a nota musical
Que daria sustento a um concerto inteiro

Hoje sinto que os instintos momentâneos
Que preenchem cada vão abstrato do meu ser
Fazem de mim substância

Sustento o que for para falar do que eu já não sei mais
Dou colorido a cada estrela que quero criar no meu céu
Ainda não há lua
Mas o que guardo em meu peito
Fá-la-á

Toco o piano
Sem o saber
Mas a música sai
Por inteira
Em uníssono

Danço comigo mesmo

Sinto o mesmo cheiro
Que certas noites me trouxeram,
Lugares que estive
Olhares que me observaram.

Já não danço sozinho,
Já não ouço o silêncio.

A lua começa a dar sua cara.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Escrevo estes versos
De uma memória saudosista
De tardes perdidas de admiração
Versos que eram para ser escritos no vento
Deixo passar a mão pelo papel
E encontro vazio
Apenas memória
O ar que habitava os lugares
Onde passos foram dados
Já se encontra poluído
Turvo e em chamas
Mesmo em labaredas de saudade
As tardes em frente ao mar
Estão dispersas em um campo longínquo
Onde a razão não se movimentou
Só enxergou
O ar que respirava
Era o mesmo que me fazia viver
Desperto do mundo e da vida
Sento no chão e penso
Com sentimento de falta
Sem sentir.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008


“Eu acho o Chico Buarque um horror, um equívoco, um chato, um parnasiano. O Olavo Bilac é muito mais moderno que ele. Ele faz uma música anêmica, sem energia, sem vivacidade, parece que precisa tomar soro. A Bossa Nova é a mesma coisa, uma música easy listening, que toca em loja de departamento quando a gente vai comprar uma meia.” - Lobão

Lobão quem? Quem é?
Eu respeito a opinião dele. Meio clichê:"Cada um no seu quadrado", eu um dia ainda quero saber a opinião dele sobre o Lobão, ele mesmo. Porque vai ser chato assim lá ao lado do Caetano Veloso viu! hehehe É só uma opinião.

PS: Eu gosto do Caetano, e também genial, só o acho chato várias vezes, a maioria das vezes posso dizer.

domingo, 2 de novembro de 2008

Domingo

É doce por horas
É amargo por vezes
É som em silêncio na minha cabeça
É momento de preguiça
De sono, de vento no rosto.
É sonho em imensidão
Tempo que passa devagar
Que não passa
Chance de mudar, de se transportar
Ficar estático no mesmo lugar
É a pergunta de onde está minha mente
Meu pensamento
Meu presente
É gostar do incerto
É dia de previsão da semana
De lembrança da noite anterior.


"I was swimming in the Caribbean,
Animals were hiding behind the rocks,
Except the little fish...
Way out in the water,
See it swimming?...
Where is my mind?" - Pixies