segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Minha traça.
Teu cabelo enroscado no meu peito
Faria de mim teu enredo
Teu verso, minha prosa.
Teu sono meu sonho,
Acordado pela fé.
Meu medo, meu laia,
Meu samba, minha vida, meu povo.
Minhas estrofes, minha poesia.
Abraços guardados de saudade.
Faria uma lua somente para você
Transformaria a terra em mar,
Para sempre haver horizonte.
Deixaria posta em versos
Pra fazer-te poesia.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009

E com aqueles olhos de Capitu você me olhava enquanto dançava, passava os pés no chão com folhas secas espalhadas, caídas do vento de outono. Seu vestido preto bordado com rosas vermelhas e a renda que sustentava seus seios faziam-me hipnótico perante aquele par de pernas circulares entre o marrom claro das folhas. Nos meus olhos havia mar, os quais pelos seus perdia o ar para amar. Havia tempo e falta de tempo nos momentos em que cruzávamos os olhares. Você me pedia para dançar junto. Meus pés não queriam voltar para o chão. Estava bailando com alma. Sentia outras folhas caindo pelos meus ombros, as árvores em volta faziam de mim verão e de você primavera. Fazíamos do outono nossa primavera. Toda a tristeza presente no céu de cores foscas você o transformava com apenas seu sorriso. Eu ficava parado, mas em meu peito meu coração pulsava ao sabor da música, ao movimento da sua perna, dos seus pés. Não me cansava, só dançava, dançava, dançava...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Salve a minha partida
O meu partido
A fruta partida que pegarei do pé.
Salve o samba que me acompanhará na andança,
O rio da minha vida
Desaguando pela respiração.
Salve a fé, que às vezes, não tenho
Salve salve a minha Rainha
Que chegarei à sua frente
Ajoelharei e buscarei sua benção.
Salve o vento que repousará sobre os meus braços.
Salve salve minha Rainha.
Salve a mim neste momento de repousar.
Oxalá em minha paz.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Quero grafar no teu corpo as minhas vontades:
Nos teus pés o peso de minha alma.
Nas tuas pernas e coxas,
A saliva da minha língua.
No teu sexo a minha libido
No teu ventre o meu filho,
Nos teus seios a vida,
Nas tuas mãos as minhas mãos, caminhando.
No teu pescoço o meu cheiro,
Na tua boca a minha poesia,
Nos teus olhos o meu olhar,
No teu cabelo o meu gostar,
Nas tuas costas o meu abraço,
E nos teus ouvidos o meu amor.
sábado, 19 de setembro de 2009
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
se você passar pelo meu caminho
não me leve a mal
não se importe com os grilos e os gritos
delicie-se apenas com o silêncio.
passar por você
deixe-o entrar
mostrarei o peso das coisas
e balancearei meu mundo com o seu tamanho.
se o meu caminho e o seu caminho
estiverem no mesmo cantinho
cante e aponte
é para o horizonte que estaremos
indo em busca de uma ponte.
domingo, 16 de agosto de 2009
É um alvoroço o que passa pela minha cabeça,
Transpiro letras por meus dedos
Meu corpo palavra
Não sei se escrevo ou compreendo.
Transmito a sensação de estar só
De meus olhos não enxergarem o que necessito escrever.
Palavro para saber se tenho amor.
Viajo as noites intempestivas dos meus dias ensolarados.
Ouço o palavrar das minhas vogais.
O silêncio que não se cala do que digo.
Ouço e escrevo o que digo.quarta-feira, 5 de agosto de 2009
sexta-feira, 31 de julho de 2009
A gente não tem cara de panaca
A gente não tem jeito de babaca
A gente não está
Com a bunda exposta na janela
Prá passar a mão nela...
A gente quer viver uma nação..."
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Sentei à beira do caminho, e lá estava todas as coisas que conspiravam para a minha felicidade. Vi as coisas e pessoas que me davam orgulho, vi as que eu desprezava pois já não me tinham mais importância para mim. Sentei para pensar na vida e vi a confusão que ela é. Vi que amores são sempre importantes para construir o ser humano, para destruir também. Mas sentado à beira do caminho da rua em que passa minha vida vi que eu podia entrar em uma avenida, lá o horizonte era maior, poderia ter várias respostas, propostas, apostas, e todas as quimeras desordenadas do que eu posso chamar de vida. Lá eu vi os olhos e cabelos que passaram por mim, os cheiros, os sorrisos, os olhares que me marcaram, já não os tenho quase todos comigo, somente alguns ou um, mas estão guardados na memória, pois nostálgico sou. Lá pude ouvir as músicas que mais gosto e rememorar os poemas que me fizeram ler, reler e reler sempre, para que os versos mudassem a cada leitura. Sentado à beira do caminho, continuo andando, em busca de outros lugares, outros olhos, sorrisos, olhares.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
Disponho de gozo
Coço o osso
Desperto as flores vermelhas do caminho onde piso
Ouço o silêncio das outras folhas ao redor
Passo o descompasso
Dos meus pés
Ao tocarem o chão
E faço-os ossos doloridos
Que falam e expressam
Sentimentos ininteligíveis
Gozo o que disponho
Já nascem folhas verdes em meio às pétalas vermelhas
Essas que caem para os passos passados.
terça-feira, 7 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de junho de 2009
E imenso é o ar sobre o andar das ondas do mar
Se eu não soubesse o que é amar
Voaria pairando o mar
Para impor a forma de amar
Ao meu coração ignorado na imensidão do amar
Vasto é o mar
De quem ama o mar, o ar
Vasto é o mar
De quem a amar tenta afugentar
A solidão de quem não sabe amar
Vasto, vasto
Só pra quem sabe amar.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009

E a teus pés vão-se encostar os instrumentos
Aprendi a respeitar tua prumada
E desconfiar do teu silêncio
Penso ouvir a pulsação atravessada
Do que foi e o que será noutra existência
É assim como se a rocha dilatada
Fosse uma concentração de tempos
É assim como se o ritmo do nada
Fosse, sim, todos os ritmos por dentro
Ou, então, como uma música parada
Sobre uma montanha em movimento"
sexta-feira, 12 de junho de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009
Sinto, ressinto, assinto.
Sinto cheiro, lugar, tempo.
Desejo de passar por mar
Há mar dentro do meu peito
Esquecimento momentâneo
Ponto entregue, distante.
Doação distante da tensa solidão.
Não dançar com dois pés
Conviver com quatro
No mesmo compasso,
tom,
mesma sincronia.
Já sinto o mesmo cheiro de antes
Porém, inovado.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
que não me saem do pensamento.
Eles estao desenhados no papel
consigo enchergá-los, mas não pegá-los.
Há saudade nestes versos
Prosa em proliferação,
Há mais música que poesia,
Há diversão em contemplação.
Já não consigo vislumbrar as cores, nem os sabores
só vejo o caminho lançado de letras
e vertentes que me fazem crer que são versos escritos
e não imaginários.
Há textura nas passagens
nos paragrafos, nas linhas
posso pegá-los.
São pagãos, visionários,
são dito à dores,
salvos e sãos por algum momento,
por outros presos e inconsequentes.
Mas estão lá em direção ao horizonte
Matando a falta que me fazem
a capacidade de escrever uma poesia.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Escapo todo do tempo
Inconsciente e lento
Rebusco o busto estufado de enfrentamento
De bater asas e aproximar profundo
Vou levando a sério que me deixa desacreditado
(Ou não?)
Escapo do vento
Rápido e consciente
Deixo-o resvalar sobre meus olhos
E movimentar meus cabelos
Sinto a vida passar
Não com tento de horas em horas
Contente de dias a pino.
sábado, 2 de maio de 2009
O Leite derramado de uma vida? É por ai que Chico Buarque derrama em prosa em seu novo livro. A evolução de um escritor é notável neste livro. Chico, que em minha opinião é o maior compositor que temos, avança passo a passo neste delicioso livro. Chico derrama a memória branca de um velho já com seus 100 anos de vida, deleitada por esse mundo. Branca e não menos branda vida aproveitada. Memória azucrinada por lembranças hora do passado, hora recente. Senti várias influências neste livro, Machado é o mais claro, o ritmo da prosa, a dúvida de uma traição por sua mulher. Mas também me fez recordar o personagem de Cem Anos de Solidão, o Aureliano, que saia com todas as mulheres, tinha o corpo todo tatuado. Porém, apesar de todas estas influências que percebi achei o personagem muito peculiar, singular. Chico abraça o mundo da literatura como o da poesia e da música. É um grande mestre e um grande ser. Não é o melhor livro dele. Budapeste é uma obra-prima difícil de ser batida. Mas se derramar junto às memórias, e ao sarcasmo deste velho Assumpção é ótimo. Leitura recomendada.
domingo, 19 de abril de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Olhos com gotas de sabão
Pingos que transbordam de lágrimas
Gotas com gosto de sal
Saliva com gasto do gosto
Esgoto de tempero esgotado
Paixão de umidade seletiva.
Olhos com gosto de sabão
Espumas num piscar de olhos
Lágrimas em proliferação.
Felicidade de gosto e tato
Degustativa
De gosto ativo
De cheiro e de risada
De boca com sabão em bolhas
Bolhas de sabão
Salvarão a tempestade
Do gosto gasto
Dos olhos, da boca, do cheiro e da boca
Já em tempo passado e tarde.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Não sei nem por onde, em que ponto começar a falar sobre o show do Radiohead, que presenciei em SP. Cansativo. Mas compensatório. Nunca na minha vida eu vi algo parecido. Claro, é a minha banda preferida. Mas não só por isso, músicos que uniram musicalidade, melodias inexplicáveis e um palco pra deixar na memória cada um extasiado. Momentos do show que eu me perguntava o que eu faria após sair deste show? Um dia depois, imagens, sons não me saíam da cabeça. Um rádio era a minha cabeça. Ouvi muita gente falar de que seria um show depressivo, mas eu nunca usei a música deles para momentos de tristeza, ou nunca ela me deixou pra baixo. Há algumas composições angustiantes, mas musicalmente eles me transportam para outro universo. Meus pés (já doloridos) me pegavam por acima do chão em certos momentos. Eu não acreditava no que estava vendo e ouvindo (estaria já em outra dimensão?). Por vezes fechava os olhos e sabia que não estava lá. Thom Yorke genial, voz, instrumentista. Toda banda, Ed O´Brian e John Greenwood sensacionais. E os fãs? Só quem estava lá para relatar. Imagens transpostas no telão? Muito cineasta deveria aprender com esse show. A sensação que tive ao deixar o local do show é de achar que dificilmente uma noite musical superará esta. E o cansaço? Tudo compensou. Até a fina garoa da tarde, já que estávamos em São Paulo, mas à noite, o céu estrelado, para uma noite tão especial e inesquecível.
terça-feira, 17 de março de 2009
Afague o meu pensamento
Abrace meus braços sem dizer adeus
Não solte do meu peito o sentimento
Carregue-o em suas mãos
Percorra com ele na sua vida
Transporte para o seu dia o meu sorriso
Marque nos meus olhos a tempestade dos seus
Não remova as surpresas nem deixe de presentea-las
Seja a fada que voa ao redor da minha cabeça
Faça-me sentir o cheiro repentino que sai de sua pele
A qual me faz chorar
Silencie junto comigo
Faça de dois seres apenas um
Ouça o silêncio
...
quarta-feira, 11 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
De ouro que resplandece
A lua dos olhos seus e
Os átomos de minh´alma
Agitam-se em atmosferas distantes
O seu humor
O céu em humor
Há mar em tempo indefinido
Luz reluzente
Remanescente de sorriso seu
Aquele que me coloca em um trem
E vou beirando o meu infinito horizonte
As curvas da serra
Em pele clara, lábios cor de maçã.
Celestial vida ativa do meu ser
Ilusão dos olhos meus
Malícia do meu cheiro
Boca da minha boca
Notícia do querer bem que preciso.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Outras para ouvir música
Para tocar piano.
Algumas pessoas são feitas para ler Shakespeare
Outras para entender o que se passa com o ser humano.
Algumas pessoas são feitas para sentar à beira do rio,
Outras para deitarem-se na areia ao relento do mar.
Algumas pessoas são feitas para dançar,
Outras para sentir os batimentos cardíacos depois de uma noite de beijos.
Algumas pessoas são feitas para olhar o relógio tictaquear
Outras para se divertir sem tempo.
Algumas pessoas são feitas para envelhecer
Outras para saber que gosto e que cheiro tem a vida.
Algumas pessoas são feitas para viver,
Outras para amar.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Era perceptível o cheiro que ela deixou nas roupas e nos braços. Depois daqueles abraços, onde aços seriam pouco para medir as forças que havia no quase sem espaço entre eles. Podia sentir e pegar o perfume como se colhesse as frutas de uma árvore ou as flores de um campo. Não queria exprimir o arrependimento de despedida. O que acontece ou aconteceu, bastou-se. Havia um batuque no peito no findar-se do olhar. Os dois estranhavam-se a cada passo que davam para trás. Relembraram os passos avante que anos atrás os fizeram cruzar estes mesmos olhares. Não queriam entender, mas buscavam um desacordo com o que estava por fim. Havia expressão, demasiadamente, de arrependimento. Esquecimento. Por um triz ele queria a vida dela novamente. Queria acordar ao seu lado todos os dias e passar a mão nos seus cabelos e com um beijo dar-lhe apenas: “bom dia”. Fazer do esquecimento o presente para não reparar nas desestabilidades o dia faria em fervor, distanciando-se da sua memória aqueles cabelos e aquele cheiro. Não queria apenas o olhar dela, queria o seu silêncio contemplativo. Mas desejava também o entrelaçamento de suas pernas no momento em que a noção de hora os fazia esquecer desse mundo, rompiam com este. Fazia-se de amores, amantes. Abundava-se a maneira de fazê-la feliz. Fim era inexistente. Mas ela sempre lhe dizia que o sempre pode acabar num triz, como pode começar. Começou e após longo tempo findou-se. Ela quis se libertar. Não queria os mesmo beijos todos os dias e nem observá-lo a contemplá-la. Sentia-se como se uma sinfonia iniciasse uma nova etapa no que se chamava vida. Ele por sua vez, afogou-se em mágoas. Lágrimas rolavam na triste expressão do seu rosto. Queria viver, mas a angústia o impedia. E como por um novo triz, noutro dia, sentado no bar da esquina de seu novo apartamento, lá estava um sorriso. Um novo olhar que se limitava a passar somente na direção dos dele. Pedia-se aquele momento uma paralisação e não impunha nenhuma resposta negativa ao seu coração. Tomou coragem, rompia-se novamente com o mundo, e apenas uma direção o fazia seguir. Das lágrimas tristes do outro dia, havia agora gotas de felicidade caindo sob seus olhos. Percebeu o mesmo cheiro, e mesma maciez nos cabelos e os mesmo olhos contemplativos e observadores de sempre. A volta nunca é um caminho distante e o início pode nunca ser tão novo como parece.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Não dá a liberdade que preciso.
Desvencilho-me do tempo
E vou ao vento
Com as asas que a poesia me acalenta.
Sou de calma e de sonho
Viajo intempestivo na memória da minha vida futura
Cuido bem do que me quer
E me faz bem.
De passo a passo
Vou encontrando a minha paz.
Mesmo que na solidão
Faça de mim os momentos de saudade
Que à frente sentirei.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O meu sorrir
A claridade dos olhos seus
Reluzindo a minha felicidade.
O meu presente no seu olhar
Clara, lua, clara.
Paralisação do meu ser
Alegria de instantes desejados
Pele clara lua clara
Pelo claro do sorrir claro
Canto ausente entre vozes populares
Vento estacionado
Calor aflorado
Música de som em silêncio
Tudo por causa de um olhar
Todo por fervor de um sorrir
Essa menina, essa mulher:
Azul de mar dos olhos seus
Estio do seu tempo
No meu viver;
Este seu sorrir.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Não precisa mudar as cores
Os sons nem o tempo
Viver tudo o que eu quero de bom
É melhor que qualquer mudança.
Não precisa dividir o espaço
Acreditar no que fazemos
É preciso permitir
Fazer a melhor parte da vida com quem estamos
Decididos a viver
Vale qualquer coisa
Vale qualquer lágrima
Qualquer esperança, não importa.
Só interessa viver e estar feliz.