Já não adorno mais o tempo silencioso e lento que estava preso ao meu peito. Já não distingo a expressão do sorriso calmo do meu rosto aos olhos redentores de uma outra face alheia ao que eu desejava. Já estou em apuros, ou não. O vento que ondulava feito cabelos esvoaçantes e o meu registro facial já não me faz mais o melhor homem do mundo. Estou à procura de nada, parado neste mesmo tempo. Não silencioso, mas lento. Estarei à mercê do que vier. Abrirei o mar do meu pensamento. Relevarei tudo o que puder e o que não puder ousarei usar a loucura. Já não me sinto mais o ser que carrega nas costas todo o sentimento desnutrido com o passar desse tempo. Já tenho a culpa transposta. Já imagino horas melhores. O mesmo tempo. Rápido mas silencioso. Já não martelo mais o mesmo prego nem a mesma erupção que antes me quedava. Um beijo bom com sal, um beijo bom com limão. Aquele que repugna que adira o estado antes silencioso e o faz musical. Já não cantarei sozinho o tempo e o vento antes ondulados já começarão a se movimentar.
“nothing is gone change my world” – Across the universe - Beatles
4 comentários:
Rafael gostei do silêncio agudo das tuas palavras: coisa muito fina mesmo! Muito boa tua casinha de palavras.
Meu beijo, Aline.
Rapha...
Eu sei, há muito tempo, que tuas mãos não combinam com pregos e martelo.
Lindo, lindo, lindo texto.
Beijos!
bom demais
um ar de maturidade
JURA
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