Para Mago
Os olhos magros e cegos
Brancos e ternos;
Os olhos de Blimunda: hipnotizadores;
Os olhos de todos;
os olhos da mágica do mago.
Nas andanças pelas ruas de Lisboa:
De mentes dadas vão Ricardo e Fernando.
A caveira, o fim, o essencial, o que resta do ser humano:
no escuro de uma caverna.
A ilha de um paraíso desconhecido,
ou a ilha navegante pelo ar-mar.
As gotas de sangue pingadas na tigela,
sem o olhar do Dono, já fraco e estarrecido,
feito um humano qualquer pregado à cruz.
Os olhos meus, a atenção de todos,
duplicada como se os outros também nós o fossem.
Todos os nomes, todos! Perdidos, achados, organizados.
A dês-culpa de Caim.
Tudo isso: do Pilar de sua vida
para pular à outra vida (ou não)
e assim,por fim, talvez: entender as intermitências de uma morte que o veio buscar,
para levá-lo em pó pra onde tudo começou, Azinhaga.
“No dia seguinte ninguém morreu”
Um comentário:
BELÍSSIMA HOMENAGEM
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