boca azul de céu nos olhos
vento verde de mar nos ouvidos
gosto anis de flor na lapela da boca
vinagre de sal no coração do amor
labirinto rubro no corredor da vida
terra seca no fundo do oceano
natureza calada colada no quadro
na nuca, minha, o zumbido da abelha
o apito doente da pia
o pingo terreno do chão do chuveiro
careta da bagunça da casa do quarto
lá, onde você se entrega
cante ai,
verso na prosa
bilhete no alto dessa musica descomposta.
4 comentários:
Gostei destas cores.
Um abraço
Parece-me aqui que a entrega tem cores, gostos e sabores, artes e manhas... seus poemas? Um banquete e tanto! :-)
nossa! não tenho nenhuma palavra pra dizer agora.
Cantei, e foi um canto muito belo =]
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