segunda-feira, 2 de junho de 2008

Abraçava-se ao vento e ao tempo, desinteressava-se o redor do seu lugar, girava como um gavião observa tudo o que estava a sua volta, não sentia o ar batendo no seu rosto, só pairava e fazia o redemoinho da sua vida acontecer, preferia ter na esperança deixada a poucos momentos que eles voltassem, sejam bons ou ruins. Não queria falar em saudade, nem dor. Cantava só o gostar. Cantava só o momento. Silenciava-se a todo o instante que aquele mesmo tempo parava. Aquietava-se com ele. Mas, novamente, levantava vôo e fazia um novo vendaval, passava por tudo lentamente, mas tinha em mente não ter saudade, vivenciava-se daquilo. Dançava, cantava, e dos olhos suplicantes para o convite bailava a dois, no mesmo giro, onde aquele momento, aquele mesmo do vendaval, do qual o seu redor não tinha importância, far-se-ia tempo presente, o qual futuramente desejaria sentir saudade.

5 comentários:

Flávia disse...

Eu quero um presente assim... desses de vendaval, que dao saudade sempre...

Lindo, seu texto!

Beijo!

Anônimo disse...

Ai, que lindo.

Hoje eu reforcei anda mais o conceito de que a arte da palavra é pura imagem. As que vc produz são sempre belíssimas.

Eu adoro voar. E qdo isso acontece, ninguém vê.

:)
Meu beijo de sempre.

Atriz disse...

,,,mas tinha em mente não ter saudade, vivenciava-se daquilo.
,,,o qual futuramente desejaria sentir saudade.

que ventos são estes!?

ventos do amor.

Beijo! Gisele

Guga Pitanga disse...

Sim, eu ia comentar seus belos escritos, mas quando vi a foto da Amy... ah, a Amy. Espero que ela tenha vida longa e não efêmera!

Abraço

Pitango

http://www.lenfantdeboheme.blogspot.com/

Ceisa Martins disse...

Nossa...
Toda vez que venho aqui me perco e me acho e me perco...
Muito bom tuas palavras!

Me arranca cada suspiro! rs

Beijos!