sábado, 2 de maio de 2009

O Leite derramado de uma vida? É por ai que Chico Buarque derrama em prosa em seu novo livro. A evolução de um escritor é notável neste livro. Chico, que em minha opinião é o maior compositor que temos, avança passo a passo neste delicioso livro. Chico derrama a memória branca de um velho já com seus 100 anos de vida, deleitada por esse mundo. Branca e não menos branda vida aproveitada. Memória azucrinada por lembranças hora do passado, hora recente. Senti várias influências neste livro, Machado é o mais claro, o ritmo da prosa, a dúvida de uma traição por sua mulher. Mas também me fez recordar o personagem de Cem Anos de Solidão, o Aureliano, que saia com todas as mulheres, tinha o corpo todo tatuado. Porém, apesar de todas estas influências que percebi achei o personagem muito peculiar, singular. Chico abraça o mundo da literatura como o da poesia e da música. É um grande mestre e um grande ser. Não é o melhor livro dele. Budapeste é uma obra-prima difícil de ser batida. Mas se derramar junto às memórias, e ao sarcasmo deste velho Assumpção é ótimo. Leitura recomendada.


4 comentários:

D.J. Dicks disse...

Como diria meu clone: Nossa, babado!

Anônimo disse...

Menino, é a terceira postagem que leio sobre este livro de Chico só hoje!!!! impressionante como tudo se remete a ele de alguma forma!!!
por estar tão comentado, preciso le-lo! entao, Budapeste é o melhor!? ainda nao li tbm....tsc, tsc, mas vou ler!!!

Chico, sem dúvida, transparece inteligência e isso fascina.

beijo!!! Gisele

Anônimo disse...

tá na minha cabeceira se derramando pra eu lê-lo.

JURA

Anônimo disse...

Ahhh!
Acabei de ler tbm...

Mas olha, eu me lembrei de 'Cem Anos' tbm, mas José Arcadio, e não Aureliano.

Beijo, Rapha.