terça-feira, 25 de março de 2008




Mar, mar, vasto é o mar
E imenso é o ar sobre o andar das ondas do mar
Se eu não soubesse o que é amar
Voaria pairando o mar
Para impor a forma de amar
Ao meu coração ignorado na imensidão do amar

Vasto é o mar
De quem ama o mar, o ar
Vasto é o mar
De quem a amar tenta afugentar
A solidão de quem não sabe amar

Vasto, vasto
Só pra quem sabe amar.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Barulhos estranhos assolavam a minha cabeça, de vez em quando aquela música retomava a minha memória e eu voltava á realidade ou ao sonho. Não tinha porque ficar ouvindo, vendo, sentindo, adorando cada segundo daquela lembrança. Era melhor me posicionar no mundo em que estava e perceber que além do que se vê, ouve ou sente há um outro mundo. Não menos feliz o quanto fui em outros momentos. Mas pesado e distinto naquele incerto momento. Palavras tentavam sair da minha boca, mas parecia que estava preso em uma bolha d´água. Querendo ou não minha memória piscava, pulsava. Era o momento de olhar a lua e observar o quão negro e estrelado o céu estava ao seu redor. O momento e o barulho estranho passavam, mas a memória não.

terça-feira, 11 de março de 2008

Quantos anos tenho!?
Ao findar dos meus poucos anos poucos
Finalizo-me para os novos muitos novos que virão
Que erros passados
Tornem-se concordâncias futuras
Amores existidos, amores flutuantemente futuros.

Ao começo dos meus novos anos
Transforme-se ser em humano
(ou mais humano)
Deixe que atos ainda resquícios
Perdurem apenas na lembrança do coração

Aos olhos nus da vida
Encontre no horizonte de viver
Apenas o que se pode enxergar da felicidade

E que sorrindo
Leve comigo
Tudo aquilo que o bem me traz.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Na minha terra brilha o sol e as sombras dos pássaros dançam no chão que piso. Na minha terra o nariz do gigante é visto ao longe como se tomasse conta de todo o povo. Na minha terra o calor brota do solo. Morros e raças misturam-se. Não cantam sabiás e poucas palmeiras existem. Na terra onde nasci, as pessoas se conhecem quase todas. Às vezes a angústia persiste nos ares da terra onde nasci. Os lugares onde se percorre são íntimos de cada um. Os sorrisos estampados não são por causa de bênçãos, mas por felicidade. Na terra em que me acolheu, passa o começo da minha vida e nela fica um pouco da minha história. Na terra em que nasci poucos amores vivi. Mas nas vizinhanças dessa terra outros amores revivi. Haverá na memória muitos momentos iluminados para serem recordados a todo instante, pois na terra em que o sol brilha e a dança dos pássaros no solo recebe o meu caminhar, sinto-me feliz.

Para a minha amada Cachoeira.