segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Felicidade ao vento (uma história de amor-clichê)
Quando ele chegou de frente ao mar lá estava ela deitada na areia, sozinha e sentindo, de olhos fechados, a presença do sol. As pernas longas, o corpo modelado e moreno, os cabelos esvoaçados pelo vento. Ele pensou em todo o clichê mundano do “amor à primeira vista”, mas ficar observando-a era apenas uma questão de estar, de tempo, de felicidade. Mesmo apreensivo resolveu chegar mais perto dela. Ao se aproximar conseguiu ouvir o som exalado pelo calor do sol e ver a água do mar que quase chegava a aqueles pés:
- Parece loucura, mas sua beleza é maior que toda esta praia.
Ela com medo, a princípio não respondeu, apenas sorriu.
- Parece loucura, novamente, mas é apenas o que gostaria de dizer.
Levantou-se e foi caminhando de volta para a saída da praia, andava de costas para o adeus ser desfechado pela minimização daquela mulher.
Ela foi embora com aquele homem e seu elogio no pensamento, talvez com um arrependimento de não ter pronunciado nenhuma palavra.
Melhor sentir e viver pra depois só dançar com as imagens na memória e ter uma história pra contar num domingo qualquer.