quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mar, mar, vasto é o mar
E imenso é o ar sobre o andar das ondas do mar
Se eu não soubesse o que é amar
Voaria pairando o mar
Para impor a forma de amar
Ao meu coração ignorado na imensidão do amar

Vasto é o mar
De quem ama o mar, o ar
Vasto é o mar
De quem a amar tenta afugentar
A solidão de quem não sabe amar

Vasto, vasto
Só pra quem sabe amar.


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segunda-feira, 22 de junho de 2009

Bastam-me somente o seu olhar

E o silêncio.

Mas quando o seu sorriso

Entra em acordo com o meu pensamento

Já me perco, esqueço do mundo

Esqueço das pessoas em volta.

Podem as ruas mudarem de nome

As pessoas mudarem de cara,

Ficarei com o seu sorrioso

No meu olhar silencioso.

sexta-feira, 19 de junho de 2009


Hoje Chico Buarque faz 65 anos. Ele é o cara. O cara que me fez gostar de poesia, que me fez inspirar horas, noites, deitar e ouvir música a todo momento. Daqui a alguns dias terei um encontro com esse mestre, tenho certeza que apenas direi "obrigado" pelo autógrafo que dará em seu livro pra mim, mas já é o bastante. Salve Francisco sempre!

"Dois Irmãos, quando vai alta a madrugada
E a teus pés vão-se encostar os instrumentos
Aprendi a respeitar tua prumada
E desconfiar do teu silêncio

Penso ouvir a pulsação atravessada
Do que foi e o que será noutra existência
É assim como se a rocha dilatada
Fosse uma concentração de tempos

É assim como se o ritmo do nada
Fosse, sim, todos os ritmos por dentro
Ou, então, como uma música parada
Sobre uma montanha em movimento"

sexta-feira, 12 de junho de 2009


... e restam-me versos para declarar um amor... e sobram-me fagulhas para sentir saudades
já não me apeteço pelas coisas normais
já me fazem enchergar as anormais

aquela mornidade e longevidade da vida
quiça eterna
outrora bagunçada

sinto o cheiro
aquele perfume de rosas bastardas
por vezes cítrico
por hora esgotado pelo suor.

é... restam-me as saudades... sobra-me o amor para declarar em versos...
(inacabado) como o amor.