O meu fundo é azul
O meu claro é céu
Meu ar oceana.
Gasto o meu mar
“há mar em mim”
Há mares em meu cultivo,
Hospedo-me.
se você passar pelo meu caminho
não me leve a mal
não se importe com os grilos e os gritos
delicie-se apenas com o silêncio.
passar por você
deixe-o entrar
mostrarei o peso das coisas
e balancearei meu mundo com o seu tamanho.
se o meu caminho e o seu caminho
estiverem no mesmo cantinho
cante e aponte
é para o horizonte que estaremos
indo em busca de uma ponte.
É um alvoroço o que passa pela minha cabeça,
Transpiro letras por meus dedos
Meu corpo palavra
Não sei se escrevo ou compreendo.
Transmito a sensação de estar só
De meus olhos não enxergarem o que necessito escrever.
Palavro para saber se tenho amor.
Viajo as noites intempestivas dos meus dias ensolarados.
Ouço o palavrar das minhas vogais.
O silêncio que não se cala do que digo.
Ouço e escrevo o que digo.