domingo, 19 de dezembro de 2010

Lábia que me tem
Lábia que me possui
Lábios que me tateiam
Lábia nos meus ouvidos

Língua nos meus sonhos
Língua que pega minhas palavras
Língua manuseante do meu cabelo

Assim, num batimento
lábia com minha língua.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Se eu to no osso
esse ano, de oxum,
é no ovo para nascer no de novo

Com a benção de Yemanjá,
sem o mar, sem a chuva do luar.


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Não é o céu azul
nem o seu azul,

é o meu acreditar
o bastar por acrescentar

das voltas que este universo não dá.

Não é a minha paz, nem a minha promessa,
é o laço que eu jogarei e farei você minha caça.

No meu rancho na beira do mar, ao som do luar;

No meu laço, nos meus braços, nos meus olhos:
farei o universo dar os giros que ele não sabe dar.