terça-feira, 13 de novembro de 2007

Finalmente depois de um certo tempo, quando me achei a última pessoa do universo que não havia assistido ao filme Tropa de Elite, eu o assisti. Fora todo o estardalhaço que o filme provocou, todas as súbitas e impensadas críticas que ouvi, achei o filme muito bom. Tenho que confessar que de um modo em geral esperava mais por todas as expectativas que criei perante o sucesso, mas eu gostei. Diferentemente de muitos comentários que escutei, o que me chamou atenção não foi o capitão Nascimento (em brilhante atuação do Wagner Moura), não foi o BOPE, não foi a marginalidade. O que me impressionou, talvez possa ser até um clichê, foi a crítica à hipocrisia da sociedade de classes médias e altas perante a todo o pano de fundo que o filme abordou. Uma mocinha bonita, estudante de direito, DIREITO, que toma conta de um Ong numa favela carioca, e é conivente com o tráfico, fumando maconha dentro desta Ong. Isso é mais interessante que a forma de treinamento do BOPE. É mais importante que os gritos que o capitão Nascimento dá com a mulher dentro de sua própria casa. Acho que todas as vezes que eu vir alguém fumando maconha, terei uma vontade de chamar essa pessoa de hipócrita, uma vontade de mostrar o quanto não é apática a participação dessa pessoa na sociedade. Claro, não somente as pessoas que fumam maconha ou usufruem outra droga são os financiadores do tráfico. Há muitas outras abordagens a serem questionadas. Várias dessas pessoas continuarão sendo lícitas. Conscientização!? Elas usam com boas ações em ongs. Final do ponto.

5 comentários:

Leo Sousa disse...

Eu ainda não ví o filme.. na verdade não sei se vou assistir.
Essa hipocrisia tb sempre me incomoda muito.. é como o renato dizia: "não adianta consertar o resto, consertar a gente ajuda pra caramba".
Por falar em filme nesse fds assistí finalmente "a procura da felicidade". Muito bom! To pensando em comprar o dvd.. cheguei a conclusão que filmes dirigidos pelo steven spilberg ou que tiverem o will smith eu posso assistir independetemente do gênero.

Abraços Rapha1

Anônimo disse...

Q legal o a sua reflexão, Rapha. Eu gostei muito do filme e tirei algumas conclusões um pouco distantes das outras coisas q falam por aí, assim como vc.
Em nenhum momento, por exemplo, considerei o Cap. Nascimento um herói; o achei um coitado... tendo q sujeitar a própria vida, tão efêmera, por conta de um sistema cruel e injusto.
Qto aos 'maconehiros' da elite, concordo com vc.

Acabei por concluir q, após a leitura do livro, não verei melhoras nessa realidade enquanto eu viver. Isso será para os meus netos, bisnetos... se os tiver!

beijos!;)

Si disse...

Concordo plenamente com você, moço (escrevi coisas parecidas no meu blog).
O filme mostrou o quanto nossa sociedade é colidente: cria ONGs, mas consome drogas (algo que deveria condenar); combate o tráfico de armas, mas compra DVD pirata; abomina a corrupção, mas paga cervejinha ao guarda. Hipocrisia pura!

Beijinhos.

Atriz disse...

Eu, sinceramente, não assisti ao filme nem quero assistir. To cansada de hipocrisias,,,,nem assisto jornais pra não ter que ver tanta sujeira....

sua observação foi muito interessante,,,,,
gosto de algo original e sincero.

bjs!!!!Gisele

Anônimo disse...

Caro Raphael.

Aqui é o Guto Capucho.
Na verdade não vou postar um comentário agora, poís quero ler seu Blog com bastante calma e deixar meus comentários pra depois.
Achei bacana saber que você escreve e passarei a prestar mais atenção em ti daqui pra frente.
Um abraço!

Guto Capucho