terça-feira, 4 de dezembro de 2007




Foi para cama dormir, naquela em que a lua brilhava no céu estrelado e de um belo negrume. A lua em alguns momentos acinzentava a janela do seu quarto. Deitou à cama e rapidamente adormeceu. De súbito o sonho apareceu. Estava em um lugar que não reconhecia, um casarão antigo afastado de qualquer lugar que podia ter conhecimento. Lembraria no dia seguinte que todos os sonhos belos podem não deixar vestígios do local desejado ao acordar. Naquela casa antiga apareceu à contra luz uma mulher. Seu rosto era coberto pelo mesmo cinza que iluminava o quarto. Algo chamava a atenção para que ele fosse em direção à mulher. Sabia que não era mais dono de si, pois não dominava mais o seu coração. Cada aproximação que fazia podia ver um pouco mais da mulher. Usava um vestido azul claro, que contrastava um pouco com a luz lunar. Mas não conseguia enxergar o seu rosto. Tinha os cabelos lisos e compridos. Sua mão pulsava em direção àquele ser no parapeito da grande porta do casarão. Ao chegar perto dela, tocou-a, mas não conseguiu segura-la. Saiu correndo e da mão dele o vestido se desvencilhou. Não sabia o que estava acontecendo. Subitamente como o sonho veio, foi-se. Acordou. Teve a sensação de que queria voltar ao mundo imaginário. Sabia que já não havia mais esse retorno. Apenas sentiu seu coração pulsando fortemente. Questionou em que lugar os sonhos são reais. Gostaria de ter a resposta pra procurar a moça do sonho.


Inspirado pela música A moça do sonho - Edu Lobo e Chico Buarque

8 comentários:

Leo Sousa disse...

Ainda em relação ao outro post, sua mente tá em dezembro ainda!
Acho que quando a gente sonha acordado as chances de realizar são maiores..

Abraços

Laís disse...

Os sonhos são transcedencias do nosso ser, o povo fala que pode ser viagem de maluco, pensar nisso...Bahh..deixe que falem!!Talvez seja ela a moça que ainda há por vir de alguma forma na sua vida...Num sei..rsrs..Mas por falar em sonho, posso contar o meu..escutava uma música e tirava ela de ouvido em uma flauta...rsrsr..Isso por que eu num sei uma notinha de flauta!!Mas tava legal, era fácil!!!

Si disse...

Há dias em que os sonhos são bem melhores que a realidade. Já quis, muitas vezes, retornar. Como não consigo, imagino a continuação.
Quanto ao seu, qualquer dia a moça volta. É só ela ler suas belas palavras. Tomara que ela goste de blog e saiba seu endereço.

Ah! Não sabia que a música era para Cássia Eller. Tornou-se mais significativa.

Beijos, moço.

Anônimo disse...

Vi seu link no blog do meu amigo e adorei seu texto, simples e profundo. Parabéns, muito bom...

ab´s

Guga Pitanga disse...

Gostei da inspiração na canção.
Obrigado pelo post sobre Saramago. Na verdade, só tive a oportunidade de ler "Ensaio sobre a Cegueira", "A Caverna" e "As intermitências da morte", e gostei muito dos três. Em breve quero ler os demais e começarei por os por ti indicados. Abço!

Anônimo disse...

Ai, amigo...
à essa moça só lhe faltava falar inglês britânico!

belo texto!
bela inspiração!

ô vontade de céu cinzento da boa...
;) beijos!

Anônimo disse...

ahhh vlw pela dica, é bom encontrar mais um adorador da obra desse gênio da literatura...
Pode deixar q vou seguir seu conselho

abração...

Si disse...

Adoro passar por aqui e reler seus escritos, moço.