segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Rebento

Rebento
De Luz em produção
De primeiro choro em voz aguda
Estridente
Rebento
De verde em profusão
De acalorada lágrima por nascer
Rebento
De águas profundas
De seres destemidos
De vida
Rebento
De destino sórdido
Obscuro e misterioso
De devaneios agnósticos
De ilusão
Rebento
Em vida brincada
Trancada e por vezes
Lançada
Rebento
De flores, frutos.
De vidas.
A sós.

4 comentários:

Anônimo disse...

Vim te visitar e descobri que escreves sem saber porquê, sem traçar caminhos de ida, sem destino, sem audácia, sem amor e sem desamor... escreves como se estivesses dedilhando um violão ou acionando as teclas de um piano, querendo ouvir apenas as palavras saírem do papel, sem nenhuma musa que te inspire, por simples alegria ou apenas por cafajestagem tu escreves, e mesmo não sabendo cantar tu queres compor um samba... escreves inerte ao tempo, sentindo o cheiro da maresia que vem junto da brisa trazer o mar para teus sonhos... e assim tu te inspiras e escreves... puramente por escrever.

Raphael, vim visitar teu espaço e fiquei por aqui passeando entre textos e poemas, admirando teu trabalho. Sensibilizou-me a homenagem que fizeste para tua 'vozinha'. Ficou de uma ternura comovente.

Entre muitas outras postagens que gostei, tomei a liberdade de parafrasear teu poema publicado no dia 24 de agosto, por tê-lo achado perfeito. Espero que não te importes com minha ousadia e tome o meu gesto como uma demonstração de admiração pelo teu espaço.

Quero voltar para ler mais, mas por hora te deixo um raio de luar brincando nos teus sonhos e um beijo no coração.

Anônimo disse...

Rebento e arrebento-me sempre, IMPRESSIONANTE.

rs...

Lindo demais, meu nobre poeta.
Os beijos que são teus.

Guga Pitanga disse...

Fala, poeta!

Abço grande,
Pitango

JURA disse...

belos versos
"Rebento substantivo abstrato"