terça-feira, 25 de setembro de 2007

Daquele jardim que eu podia sentir o cheiro, estava lá plantada a saudade. Esta que da grama me fez lembrar os olhos verdes que um dia também olhavam aquele jardim. Das memórias vieram as lembranças e as músicas. Essas nos fazem viajar no tempo. Daquele jardim parecia que inflamava algo que não se transpõe. Apenas inflava. Do jardim nasciam as flores das idéias de um dia criar um pomar. Regava o jardim toda vez que olhava para aquele seu verde. Importava dos tempos passados palavras de silêncio que se faziam apenas do olhar uma conversa inteira, de horas e horas. É, daquele jardim saía muita idéia importante na vida. Ainda continuarei regando-o. A grama daquele jardim sorria ao meu coração. O jardim batia.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

"A primavera matizada e viçosa
pontilhada de amores
engalanada, majestosa
desabrocham as flores
nos campos, nos jardins e nos quintais
a primavera é a estação dos vegetais

Oh! primavera adorada
inspiradora de amores
Oh! primavera idolatrada
sublime estação das flores"

Ahh primavera que está chegando, cheia de inspirações, cheia de ar que da vida!


PS: Música do mestre Nelson Sargento! Samba de enredo da Mangueira de 55! Salve a natureza, salve a primavera, salve a Mangueira e salve o samba!!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Fui assistir O Primo Basílio. Achei um filme razoável. Há vários pontos negativos que apontei. Não li o livro do Eça, então não posso opinar sobre a adaptação do romance, mas não sabia que o filme passava-se no Brasil da década de 50. Quanto às atuações vou comentar sobre os principais: Fabio Assunção sempre regular, acho-o um bom ator; Gianechini, péssimo como sempre e com uma atuação sofrível; Glória Pires, não gostei, acho-a uma boa atriz, mas por estar caracterizada como uma senhora achei que o papel não lhe caiu bem; Débora Falabella teve uma atuação excelente, um personagem forte e ao mesmo tempo leve e sedutor; e pra minha surpresa a Simone Spoladore, não sabia que ela estava no filme, não posso falar muito sobre ela, porque sou fã, portanto, a participação dela como uma “puta” da sociedade foi ótima. A direção foi rasoável, achei péssimo o merchandising da “Porto Seguros” no meio de uma São Paulo daquela década. Algumas cenas bem feitas. Gostei muito do momento noir da parte final do filme. Bom, da história, nem tenho o que falar muito. Um Eça de Queiroz, com uma pitada Rodrigueana, é ótima. Mas o filme poderia ter sido filmado na época dele, do século XIX. Do resto é o prestígio ao cinema nacional que vale à pena. Filme nota 6.

domingo, 16 de setembro de 2007

Toda paixão seduz o mistério
Todo olhar induz à paixão
Toda solidão invade o abismo
Toda necessidade faz o momento
Em horas pensaremos
Em minutos esqueceremos
Em segundos arrependeremos
De ter tentado
Ter amado
Duvidado


Poemeu *muito antigo, de anos atrás, de tempos atrás!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Extra-post... post-extra! Hoje!

Bom, eu amo a internet... pq eu já baixei o cd novo da Maria Rita. Não tenho o que comentar. É bom. Não, é muito bom! Só de samba!?... Aí eu fico mais sem palavras!

"O meu samba vai curar teu abandono
O meu samba vai te acordar do sono
Meu samba não quer ver você tão triste
Meu samba vai curar a dor que existe
Meu samba vai fazer ela dançar..."


"Meu samba é de vida não de morte"

é isso ae!

Tenho a impressão que às vezes não conseguirei, ou não terei inspiração para escrever. As idéias fluem outras vezes e batem, criam um colapso na minha cabeça. Tenho vontade de colocar tudo no papel, ou na tela do computador, não importa o local, a hora, o dia, a noite. Até que importa. Sinto que à noite a confluência vem à tona de um modo inesperado e prepotente. Com uns copos de cerveja então, há mais idéias. Desperdiçadas quase sempre, mas há! Não sei bem a que modo, nem a que tempo devo escrever. Gosto das coisas abstratas e ao mesmo tempo das coisas concretas. Gosto das coisas vãs e das idéias que me fazem acreditar em um sentimentalismo puro. Gosto do saudosismo. Eu gosto do tempo. Ao mesmo tempo em que me prendo ao passado, acorrento-me ao futuro e esqueço o meu presente. Sempre percebo que este tempo está sempre persistente em minha memória. Caminho por lugares extremos, por situações mais dispersas ainda. Haverá um tempo onde eu poderei me encontrar. Haverá de ter alguém comigo ou não. Neste tempo saudarei o passado brindando o presente e presenciando o futuro. Tenho saudade dos tempos que visito e tenho também asco dos tempos em que tenho saudade. Persisto sempre no mesmo lugar. Nesse tempo encontrarei um sorriso, cruzarei com um olhar. Não possuo também a sapiência de saber como estará as idéias na minha cabeça naquele momento. Acho que nele estarei sentindo saudade deste de agora.



"Echoes, Silence, Patience and Grace" ( Home - Foo Fighters) é bem por ai!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Já nem sei mais o que dizer desse país, não sei se me decepciono, ou não dou mais atenção aos absurdos que acontecem e de tão incrível são essas coisas que permeiam nessa sujeirada toda! Dignidade? Ninguém mais vê significado dessa palavra. Bom, sempre pensei em não falar de política por aqui, portanto, paro por aqui! Final do ponto.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Da janela do lugar onde estou sentado, passa a vida. Passa a árvore que esconde o canto de um pássaro. Não passa o bom senso, nem as coisas fúteis. Não passa o passado, só passa o futuro. No lugar onde estou sentado, vejo pela janela o sol e há dias não vejo a chuva. Há dias o ar está seco. Há dias o mar está só. Sim, porque na janela onde eu vejo o mar, não há barcos nem pescadores. Só há um peixe lá no meio do oceano. Eu ando pelo mundo da janela do lugar onde estou sentado. Vejo as palhaçadas dos meus amigos, vejo o sorriso de um palhaço. Vejo a alegria, a tristeza e a preocupação dos mais comuns e estranhos seres. Ouço a música que me faz ter inspiração. Sinto o cheiro que me traz calma e também inspiração. Imagino a árvore conversando com o pássaro, e os dois contando os causos sobre a vida das pedras. Isso me faz lembrar, olhando pela janela do lugar onde eu estou, Manoel de Barros. O som que o vento faz as folhas da árvore cantarem, me interessam até o ponto de me levar pra lugares mais distantes. Até o lugar onde eu possa ser feliz. É. No lugar onde estou sentado, há uma janela que passa a vida.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O sono não me deixou escrever esses dias... por isso, não pela falta de inspiração, mas por estafa mesmo, vou deixar um sambinha aqui que eu estava ouvindo hoje de manhã. Depois de ouvir muito putz putz no final de semana, ótimo por sinal, que eu passei.

Acreditar, eu não
Recomeçar, jamais
A vida foi em frente
Você, simplesmente, não viu
Que ficou pra trás

Não sei, se você me enganou
Pois quando você tropeçou
Não viu o tempo que passou
Não viu que ele me carregava
E a saudade lhe entregava
O aval da imensa dor

E eu que, agora, moro nos braços da paz
Ignoro o passado que hoje você me traz

Salve D. Ivone Lara, salve o samba sempre!
e claro.. Salve o novo cd da Maria Rita que está chegando!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Vivendo


Nós crescemos
Nós vivemos
Nós amamos
Nós odiamos
A vida vai
Os amigos vão
As pessoas são
Os lugares estão
Tudo passa
Todos passam
Nós assistimos a tudo
Nós erramos em tudo
Corrigimos o tudo
A vida ainda está
Todos voltam
Na lembrança
De quem ainda vive
De uma vida
A vida não tem volta
Os amigos têm
As pessoas também
Os lugares talvez
Nós cremos
Nós desacreditamos
A vida ainda está
Não nos dispomos a certas coisas
Ficamos doentes por amor
Por doença
(Amor não é uma doença?)
Nós aceitamos tudo nela
Nós ficamos parados pensando nela
Nós odiamos
Nós amamos
Nós nos arrependemos
(do que não fizemos?)
Nós (de) crescemos
Nós (des) acreditamos
Procuramos uma saída
Mas não há mais
A vida se foi
A vida não tem volta



.poemeu.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O tempo. O tempo mostra as coisas mais distantes que passam e que virão. O tempo faz com que nós desejamos fazer algo futuramente e nos arrependamos do que foi feito a uma certa distância atrás. Ele é senhor das coisas que acontecem no dia, na noite, na vida de cada ser que não presta atenção a ele. O tempo precisa de prestação de contas do que é feito nos seus horários. O tempo. Jogasse a vida fora quem perde o tempo pensando em como utilizá-lo. Ganha-se tempo quem sabe usufruí-lo. Nada sabe aquele que faz do tempo uma simples brincadeira e não aproveita os momentos que ele os dá. O tempo. Respostas são certas e sempre vêm à tona com ele. Mentiras duvidosas também são carregadas por eles. Saudades são sempre deixadas pelo tempo que passou, pelo vivido e pelo que virá. O vento leva o tempo.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ele olhou para sua mulher com quase um brilho nos olhos e disse para ela: "Se eu tivesse morrido antes de conhecer você, Pilar, eu teria morrido me sentindo muito mais velho". Ele prosseguiu: "Aos 63 anos, minha segunda vida começou. Não posso me queixar. As coisas que você considera importantes não são tão importantes. Eu ganhei um Prêmio Nobel. E daí?"

http://diversao.uol.com.br/ultnot/2007/09/03/ult4326u346.jhtm

Esse é O cara!
Se eu pudesse pintar quase tudo o que se encontra no mundo, acho que a cor escolhida seria a azul. Não porque essa cor transmita uma certa calmaria, um certo ponto para pensamentos dispersos, mas simplesmente porque acho esta umas das cores mais intrigantes. Sempre que penso em cores lembro das cores dos filmes do Almodóvar, e por falar nelas sempre me vêm à mente o vermelho claro. Sim, essa é a mais intrigante. O vermelho causa um certo grau de inquietude, algo doloroso, algo que mexe com todos os sentimentos, deixa qualquer pessoa perplexa perante ele. É a cor que remete à paixão. Não sei se o mundo seria bonito com as cores azul e vermelha, mas o mundo seria Almodovariano com elas. O azul pode transgredir algumas coisas e levar ao amor. Não sei ao certo, já que é intrigante. A cor que mais gosto é o verde. Ainda não tive uma resposta do que causa esse gostar. É uma cor que deixa as coisas escuras, mas que dá vida a outras. Independentemente das displicências coloridas do mundo, ainda pintaria as coisas de azul. A calmaria do mar é uma prova disso. O azul que preenche o que está acima da nossa cabeça num dia ensolarado comprova. Não sei por que prefiro a noite ao dia. Qual a cor noturna? Será que pintando a noite de azul ela teria o mesmo mistério? Talvez ao olho da noite, a lua, destinaria a cor azul. Ou às estrelas? Teria que testar. A noite é inspiradora. É versada. E desses versos, quase sempre não insignificantes. Talvez um dia ainda pinte a noite de vermelho, e a lua e as estrelas de azul. Quem sabe o dia noturno, por muitas vezes, não seja solitário.

Ahh idéia constante de querer mudar o mundo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Queria estar num lugar longínquo. A uma certa distância da lua. Onde eu pudesse observar o que cada ser, minúsculo ser, estaria fazendo aqui na terra. Queria ouvir uma música lá na lua (sim! Na minha lua daria pra ouvir música). Queria estar desligado de todos e de tudo. Queria respirar o ar puro do universo (sim, novamente!). Lá teria idéias, inventaria um mundo, um planeta Terra só pra mim. Colocaria as pessoas que eu quisesse. Colocaria o mar aonde eu sempre pudesse contempla-lo. É estou precisando fazer uma viagem.
A cidade era um vão. Poucas pessoas se encontravam nos seus lugares escusos. Poucos carros passavam por entre as poucas árvores que ficavam nas ruas. O sol pouco brilhava nas escuras ruas às quais estas mesmas árvores faziam sombras. Mas poucas coisas eram tão notórias como o sorriso das pessoas que moravam nesta cidade. Detalhes mínimos faziam-nas sorrir. Por este eles se encontraram num semáforo. Olharam um nos olhos do outro e apenas sorriram. Apenas fizeram-se perceber perante o outro. O sol não brilhava naquele momento, naquele lugar. Era inverno. Nos tempos de inverno a saudade arde mais. Fizera deles lembranças de aquelas importantes pessoas que passaram na sua vida. Sabiam que da saudade deveria ficar mesmo somente esta lembrança. Deveriam prosseguir o rumo e viver em cada vão daquela cidade, daquele lugar onde se encontrariam mais vezes. Fazer dos encontros momentos de saudades futuras. Fazer dos caminhos tortuosos, as saudades da vida de cada um. Sabiam-se que da saudade de um amor, de um momento passageiro poderiam transportar-se para outro plano, um plano que os livrassem da futilidade do mundo, da fumaça que o dia-a-dia faz na cabeça de cada um. Deixariam a saudade bater somente aquele momento no peito de cada um e construiriam uma nova saudade, juntos. Não através do tempo, mas através do sorriso.